INSUBMISSAS MULHERES DA MARGEM
DIREÇÃO DE MIRRAH DA SILVA
Longa-metragem
Em desenvolvimento pelo ProAC LAB 2020
SINOPSE
Existe uma luta de longa duração sendo travada nos leitos dos rios do centro da cidade de São Paulo, disputa protagonizada por mulheres que ali permanecem por inúmeros fatores sociais lutando pelo direito de habitar esse território. À margem, o conceito de habitar transpassa a materialidade da moradia tradicional e vai além da permanência cultural no território, pois essa resistência é travada pela motivação de preservar a própria existência, sendo o corpo o primeiro e último território a ser defendido. São mulheres de movimentos de moradia, mães de família, moradoras de rua, maloqueiras, entre tantas cujos nomes precisam ser rememorados. Esta disputa secular retrata um verdadeiro épico da resistência, porém jamais foi escrita pela historiografia predominante. Carolina Maria de Jesus é uma das escritoras que abre caminho para que se escreva a história das mulheres que passaram antes e depois dela, considerando suas vozes em primeira pessoa, tendo, como ponto de encontro, a obra Quarto de Despejo.
DIRETORA
MIRRAH DA SILVA
Documentarista, fotógrafa e arte educadora. Entre 2013/14 dirigiu, produziu e roteirizou os curtas-metragens ESTÁTUAS VIVAS (Melhor filme dirigido por uma mulher - 2º Festival Internacional de Cortometrajes de la Diversidad Social, México) e BUMBA BUMBA COM A MINHA PRÓPRIA MACUMBA (Prêmio Retrato da Realidade Nacional, 19 FBCU). Em 2015 lança o webdocumentário MOBILIÁRIO URBANO (moburb.org) com Eduardo Liron, obra interativa e híbrida de direção coletiva. Entre 2015/17, fotografou e dirigiu os curtas documentais DERRUBADA (LONA Mostra, Cinema e Territórios, pelo MLB Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) e RUA AUGUSTA, 1029 (Troféu Samburá de Melhor Direção no 29º Cine Ceará e Melhor Filme Sessão Adentro no 13o Festival Entretodos), ambos sobre a luta por moradia em São Paulo. Realizou microfilmes experimentais, entre eles METAMORFOSES DO JORNAL e PARA BELO MONTE. Em paralelo, atuou como coordenadora audiovisual do projeto NÃO CONSTA NO MAPA (Lei Municipal de Fomento ao Teatro), realizado em ocupações de moradia; concebeu o projeto MBYA SAMBA SALUBA (Proac em Aprimoramento Técnico), realizando oficinas de intervenção urbana com foco em homenagear mulheres protagonistas de seus territórios; documentou a pesquisa do projeto CIDADE DE MÚLTIPLOS MAPAS (Itaú Rumos), em Rio Branco, Acre; atuou como artista-educadora em Artes Integradas no Programa Vocacional e Programa PIÁ, pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Em 2019, a convite do Coletivo Mapa Xilográfico, foi artista educadora da exposição SÃO VITO: UMA ESCAVAÇÃO, pelo Sesc Pq. Dom Pedro, exposição em site specific que permitiu aprofundar a pesquisa sobre a questão habitacional no território da Várzea do Carmo. Atualmente realiza oficinas de webdocumentário; integra a revista de cinema e política AGRESTE (agre.st); ZABELÊ (coletivo de mulheres indígenas e apoiadoras); e realiza trabalhos institucionais de cunho social. Em 2020 lança o média "O CORPO É O LUGAR" em parceria do projeto História da Disputa: Disputa da História, finaliza o média "PARENTE" e esta em desenvolvimento do roteiro do seu primeiro longa-metragem INSUBMISSAS MULHERES DA MARGEM.